RESENHA: Jogos Vorazes

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Jogos vorazes é uma trilogia distópica (Jogos vorazes, Em chamas e A esperança) escrita por Suzanne Collins e publicada em 2008 pela editora Rocco. A série ganhou repercussão após o lançamento do primeiro filme em 2012, distribuído pela Lionsgate, assim como os três seguintes (A esperança foi divido em duas partes), e em seguida vivemos uma onda de distopias.


Foi a primeira que lemos, então nos apegamos bastante e não conseguimos ler as demais sem fazer qualquer comparação.

O enredo é narrado em primeira pessoa, pela protagonista Katniss Everdeen (interpretada, brilhantemente, nos filmes por Jennifer Lawrence). Ela vive no distrito 12, em Panem, um país localizado na antiga América do Norte e dividido em 13 Distritos, cada um responsável por fornecer um tipo de suprimento, todos sob o controle da Capital.


Para recordar a população de que foi uma grande revolta seguida por uma guerra que os levou às condições precárias em que vivem, a Capital realiza anualmente os Jogos Vorazes, uma espécie de reality show, no qual cada Distrito é obrigado a enviar uma garota e um garoto entre 12 e 18 anos para lutarem entre si até a morte, havendo apenas um vencedor.

Primrose Everdeen, a irmã caçula de Katniss (interpretada por Willow Shields), acaba sendo escolhida como o Tributo feminino do Distrito 12 para os Jogos, ao lado de Peeta Mellark (interpretado pelo fofo Josh Hutcherson), o que leva a protagonista a se oferecer para tomar o lugar da irmã. E este é só seu primeiro passo de coragem, que desencadeará uma porção de atos considerados como protesto contra a tirana Capital. 

Katniss, por sua coragem e ousadia, é tomada como símbolo de Esperança do povo. Ela, apoiada por Cinna (seu personal stylist, que cria, em uma super jogada de marketing, a imagem de “Tordo”), Effie Trincket (acompanhante dos tributos do Distrito 12) e Haymitch Abernathy (campeão dos seus Jogos), mostra que, se a população se unir, pode se tornar mais forte que os governantes e acabar com a desigualdade absurda e com os abusos sofridos.


O desenrolar da trilogia é inteligente, e pouco previsível, cheio de plot twists. Além de fazer severas críticas aos “reality shows”, futilidades, e egocentrismo, a trama ainda aborda temas como guerras, revoluções, desigualdade social, morte e depressão, nos levando a uma reflexão além da temática central da série. Podemos, inclusive, fazer um paralelo com a nossa realidade e ver que, apesar de caricaturizar um pouco a situação, manipular a população com a Política do pão e circo e fazer jogos de poder são técnicas comuns dos governos.

Temos também romance como temática secundária na história, o que também ajuda a fazer com que torçamos e nos identifiquemos com os personagens. Nos é apresentado um triângulo amoroso que dividiu os leitores.

Os livros nos prendem, e não tem como parar de ler enquanto não chegar no terceiro. O universo é assustador, mas traz uma inigualável mensagem de esperança.

  Este post é uma parceria entre o Lariteratura e o As vizinhas do 95, blog da Fernanda e da Lari Alderete!

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