[FILMES] To the bone

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Lançado em português sob o nome "O mínimo para viver", o filme "To the bone", estrelado brilhantemente por Lily Collins (que já vivenciou uma experiência parecida com a de sua personagem) e que ainda conta com Keanu Reeves e Liana Liberato no elenco, trata de um tema muito sério e que pode servir de gatilho para muita gente: a anorexia. Porém, faz isso de forma muito responsável!
Ele não romantiza os transtornos alimentares, nem entrega um tutorial de manutenção do problema, mas mostra todos os aspectos negativos de forma direta e honesta, tais como lanugo (uma penugem parecida com barba de milho, que reveste o corpo das pessoas anoréxicas – uma adaptação do corpo à extrema privação, para controlar a temperatura), noites em claro para corridas ou intensas séries de abdominaisconflitos familiaresincompreensão dos que estão em volta, isolamentointerrupção dos estudosausência de menstruaçãodificuldade cognitivadesmaios que fazem a pessoa se machucar para valer, dilemas insuportáveis por causa dos mais simples alimentos, obsessão por calorias, profundo dano e risco ao organismo.

Confira o trailer:


A protagonista, Ellen, de 20 anos, já passou por diversas internações por conta de sua anorexia nervosa e não consegue progredir no tratamento. Sem perspectivas de se livrar da doença, ela vê a vida sob uma ótica pessimista e sarcástica, repleta de humor negro, o que a leva a se fechar para qualquer vínculo ou ajuda.  
Por insistência de sua família, Ellen faz uma nova tentativa de tratamento, se internando em uma clínica para tratamento de distúrbios alimentares, onde entra em um grupo de apoio, sob a supervisão de um médico pouco ortodoxo, que não segue o protocolo padrão, interpretado por Keanu Reeves. Ele a desafia a enfrentar sua condição e abraçar a vida.
Na clínica, somos apresentados aos outros residentes do local, e a suas variadas condições, como por exemplo Pearl, que frequentemente se encontra em uma cama com um tubo enfiado no nariz, mas ainda assim encara a vida com doçura; o ex-dançarino Luke, que perdeu boa parte de seu peso após uma lesão, e até uma personagem que está grávida, apesar da perigosa magreza e fragilidade de seu corpo, e que está trabalhando duro para conseguir dar à luz em segurança.
Convivendo com eles, Ellen, começa, aos poucos, a se abrir para o mundo e tomar a consciência do rumo a que sua apatia diante do problema está a levando. 
Apesar do tema forte, o filme também tem seus momentos de humor e humanidade, tocando as pessoas não apenas pelo sofrimento de quem vive a doença, mas o impacto que isso tem em seus familiares, removendo o estima em torno da anorexia. 

Essa é uma questão autêntica, algo pelo qual passei e com o qual tenho uma conexão real. Mas ainda é um tabu. As pessoas evitam falar sobre isso porque se sentem desconfortáveis, mas assim que se dispõem a falar, fazem com que as pessoas que passam por isso se sintam menos sozinhas”, diz Lily.

O filme, que teve os direitos comprados pela Netflix, chegou ao serviço de streaming dia 14 de Julho e, infelizmente, não teve a repercussão que merecia. 

Eu gostei muito! É, sem dúvidas, uma das melhores produções que já assistí sobre o tema

Ah! Uma coisa que eu achei muito legal também e que ajuda a descredibilizar aqueles que disseram que o filme fazia "apologia" à anorexia, sendo assim um desserviço: O elenco do filme fez até um vídeo com 09 verdades sobre distúrbios alimentares. 

Confira:


Recomendo muito!

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