[ADAPTAÇÕES] Forrest Gump

13:10

"Forrest Gump é um idiota. Ou ao menos é assim que a sociedade o considera. Estigmatizado por seu QI baixo, Forrest não acredita ter nascido para grandes feitos. Mas as situações em que se envolve desde a juventude são tudo, menos comuns. Ainda na escola, o jovem gigante do Alabama é promovido a prodígio do futebol americano, em um primeiro sucesso que rapidamente o leva a outras aventuras. Do Vietnã à China Comunista, da Nova Guiné a Hollywood e até no espaço, inusitadas circunstâncias vão guiando Forrest em uma trajetória de vida impressionante e nada corriqueira."

Um dos maiores lançamentos da Aleph em 2016 foi a edição maravilhosa em capa dura, colorida, com jacket dupla face, em comemoração aos 30 anos da primeira impressão de Forrest Gump, escrito por Winston Groom. Eu me apaixonei à primeira vista e o comprei na Feira do Livro da USP, com desconto, antes mesmo de o livro chegar às livrarias!!

Confesso que, até pouco tempo atrás eu nem sabia que o filme estrelado por Tom Hanks em 1994 era baseado em uma obra literária. Porém, comparando as duas histórias, temos diferenças cruciais, que, inclusive, levaram Winston a criticar publicamente o filme, mesmo este sendo ganhador de vários prêmios, incluindo o Oscar de melhor filme em 1995. 

O autor ficou irritado com a forma como Hollywood tratou a história, omitindo certas tramas e suavizando as cenas de sexo e a linguagem. O caso chegou ao âmbito judicial. Groom processou os produtores do filme para garantir a quantia equivalente a 3% do lucro líquido com a receita do filme – que estava prevista em seu contrato, mas os executivos alegavam que, descontados os custos de produção e com publicidade, o filme não havia dado lucro.

“Jamais deixe alguém fazer um filme sobre a história da sua vida. Quer eles entendam ou não, não importa”, disse Winston Groom no começo de seu livro “Gump and Co” (1995), continuação de “Forrest Gump - O Contador de Histórias” (1986).

Em retaliação, Groom não foi mencionado em nenhum dos seis discursos de agradecimento pelos vencedores do Oscar daquele ano. Nem mesmo no de Tom Hanks, que recebeu um cachê de US$ 20 milhões.

O livro narra, de maneira simplista, acontecimentos inusitados protagonizados por Forrest, conectados pelo absurdo, mas com uma incrível quantidade de informações, principalmente do cenário geopolítico americano, percorrendo importantes episódios da história e nos fornecendo uma visão crítica disso tudo. Porém, ao mesmo tempo, dá um toque de irrealidade à trama, que liga, estória à estória, uma à outra, sem frisar seus fios de interconexões. 


Recomendo filme e livro! 

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1 comentários

  1. Adoro o seu jeito de escrever. Vc é uma escritora nata. E confesso que tb não sabia que o filme tinha origem no livro. Eu adoro os trabalhos do Tom Hanks, e esse filme é de emocionar. Sempre choro ou fico reflexiva... Um beijo Laris

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