[FILMES] Tudo que quero

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Só há um caminho lógico para seguir: Em frente! 

Lançado em Abril/18, Tudo que eu quero (Please Stand By) é um filme maravilhoso que não teve a divulgação e repercussão que merece. 
Estrelado por Dakota Fanning, ele mostra que o mundo é um lugar confuso para Wendy, uma jovem autista. 



Fã incondicional de Star Trek, ela divide suas atenções entre seu cotidiano metódico, como o trabalho na rede Cinnabon, famosa por seus pães doces de canela, e a escrita, atributo pelo qual se destaca. Ela escreve fanfics sobre esse universo em seu tempo livre. Para Wendy, Star Trek é algo que a ajuda a se conectar e é um espaço seguro para se retirar. Quando ela descobre uma competição da Paramount Pictures para escrever um roteiro da série, decide participar. 

Inicialmente, é um lugar de segurança e conforto. Ela observa e devora Star Trek. Mas, uma vez que ela começa a criar a sua própria história, é como escrever uma mensagem. Uma vez que você começa a escrever uma história, é preciso ser informado. Alguém tem que ouvi-lo. Então, você vai de consumir e absorver, para criar e liberá-lo para o mundo. Contar essa história é o que permite que Wendy se abra e se torne mais do que era antes.

Agora o problema é entregar o roteiro, pois, caso enviado pelo correio, o script não chegaria dentro do prazo estipulado. Wendy decide, então, corajosamente, deixar a casa especial para autistas em que morava, supervisionada por Scottie, uma espécie de psicóloga e cuidadora, responsável por gerir a casa, e ir em busca de seu sonho, levando apenas seu pequeno cão e alguns dólares no bolso. Para isso ela vai precisar provar sua independência e, durante a sua jornada, ela passa por muitos desafios e cria novas amizades.



O longa traz para os holofotes o autismo, tema pouco falado, mas muito importante. Trata-se de um transtorno de desenvolvimento que prejudica a capacidade de se comunicar e interagir. No enredo de Tudo Que Quero a temática é tratada de forma leve, com um toque de comédia nas aventuras em que Wendy se coloca. Apesar de, no início, Audrey, sua irmã mais velha e única parente próxima, não acreditar na capacidade que tem, ela mostra que o transtorno não deve ser um obstáculo para que as pessoas realizem seus sonhos.






O filme, além de representar o drama do personagem, também traz algumas conexões interessantes com a franquia Star Trek. É feito um paralelo entre a protagonista e o personagem Spockmetade humano e metade alienígena, que, assim como Wendy, tem dificuldade de identificar e lidar com emoções, o que contribuiu positivamente com o enredo, conseguindo nos aproximar cada vez mais de Wendy e sua linda história.

Confira o trailer:


Please Stand By é um filme leve, gostoso, singelo, verdadeiro, que consegue nos encantar sem apelar pra emoção fácil, o que foi um grande acerto. Nos dá uma lição de vida e de superação, com garra e muita dedicação. 

A forma como Wendy vê a sua vida em seu dia a dia, seguindo rigorosamente as suas tarefas e seus deveres, na medida que ela decidi ir em busca de seu objetivo, enfrentando todas as suas dificuldades e as que ela irá encontrar. É uma superação muito linda, que nos faz bem.

Dakota Fanning está muito bem no filme! Muito segura na personagem, muito versátil, verossímil, passando confiança e admiração em cada cena apresentada. Uma atuação que requer muito cuidado e muita competência, e Dakota entregou um trabalho perfeito! 

Como manda a saudação vulcana de Spock, fica o desejo de vida longa e próspera a histórias como essa!



P.S.: Uma outra abordagem admirável do autismo é feita pela série original Netflix: Atypical 💙 confira nossa crítica da primeira temporada aqui!


Tchau, tchauzinho e até a próxima 😘 

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